Carioba Um Pedaço do Paraíso
“Um pedaço do paraíso” é assim que defino “Carioba” para meus filhos e meu neto.
Levei-os para conhecer o local tão falado por mim.
Quanta decepção, nada ficou em pé, exceto a capela onde casei há 36 anos.
Tentei localizar a casa onde vivi a minha infância e adolescência, a casa de minhas amigas, de pessoas que eram muito importantes em nossas vidas.
Tentei localizar a padaria, a farmácia, a casa do “Zé fogo”, o bar de cima, o bar de baixo, o empório, a escola ( agora em ruínas) .
O açougue e as casas dos patrões foram as únicas referências além da fábrica.
Cadê a rua de baixo que nos levava ao campo e as pedras?
Cadê a rua de baixo que passava por trás dos quintais desde a escola até o lado de minha casa?
Cadê o jardim?
Ah minha casa..., como esse pedaço de chão era amado.
Carioba encolheu, não dá para imaginar onde cabiam tantas casas, a rua da represa encurtou.
Tudo parecia tão grande,e havia muita vida e energia nesse pedaço de chão que hoje nos trás ótimas lembranças.
Vida que começava muito cedo para os funcionários da fábrica, para as crianças que iam para a escola.
Tínhamos o leite e o pão na porta de casa.
Tudo o que precisávamos havia ali.
“Poucas coisas tínhamos que buscar na cidade,” até cinema havia ali.
Este lugar deixou muita saudade.
Depois que casei e saí da cidade de Americana tive pouquíssimo contato com Cariobenses, e sei que maioria deles tem seu umbigo enterrado lá e amam muito esse lugar.
Aos cariobenses que lerem essas linhas, um beijo no coração.
Saibam que trago comigo as melhores lembranças e saudades de todos.
Um beijo no coração de cada um.
Magali , neta do Quito Adorno.
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