A arte, o belo e o bem
Existiu a muito tempo atrás, três gaivotas brancas, isso mesmo, brancas. Elas voavam tão alto e com tanta beleza, que todos entortavam os pescoços para admirá-las...
Certo dia, alguns seres (homens) montados em cavalos, apontaram as suas armas de fogo e atiraram nas gaivotas brancas reduzindo-as a alvos banais. Elas caíram sobre o solo uma a uma como pacotes de brindes vindos do céu... Eles sorriam e diziam: peguei, peguei! Os seus olhares de vitória se misturaram às penas brancas cobertas de vermelho. O céu ficou ali, parado, emudecido, tonto... estarrecido! O céu não podia acreditar... O azul ficou tão pálido que pensou ter sido atingido e sentiu-se baleado. Tanta beleza, tanta alegria, tanta dança... Acabaram... Mortas... Por nada, NADA! Eles os homens, deixaram ali, sem vida, os seus troféus. E caídas permaneceram até que o céu muito triste chorou. Suas lágrimas lavaram o vermelho, levando junto com o branco a alegria. Alegria que jamais homem algum poderá trilhar com o seu corpo, no corpo do céu. Ainda com muita dor, o céu gritou bem alto: "O HOMEM DESTRÓI O QUE NÃO COMPREENDE!". Outras gaivotas continuaram existindo, outros homens também. Mas à medida que o homem escolher destruir (a arte) a grande obra do criador, ele estará se auto destruindo. Relaxar... Olhar para o céu e sentir a beleza da grande obra é fazer renascer a bela dança das três gaivotas brancas: A arte, o belo e o bem.
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